2023: Fraude e UX em Fintech
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By Marianela Pasquadibisceglie | December 19, 2022
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Com a aceleração das tendências das transações digitais, as empresas financeiras devem permanecer um passo à frente para garantir a segurança e prevenir a fraude. Na América Latina, o custo anual do crime cibernético chega a US $90 bilhões, portanto não é surpresa que as empresas estejam apoiando cada vez mais ferramentas digitais que verificam a identidade do cliente de forma rápida e eficiente. Isso é um bom sinal, pois reflete a prioridade de vários países em fornecer serviços de verificação de identidade à administração pública e ao setor privado, ao mesmo tempo em que buscam iniciativas de proteção de dados.
Imagine viajar, fazer check-in em um hotel, acessar serviços governamentais ou de assistência médica, fazer login em um banco digital ou verificar descontos apenas com uma identidade digital. Graças à inteligência artificial e ao reconhecimento facial, a identidade digital é verificada de forma automatizada e gera a maior segurança de todos os tempos. Nos próximos anos, os IDs físicos serão usados como backups e ficarão sem uso gradualmente. Com a identidade digital, a privacidade aumentará, as fraudes serão evitadas e o ecossistema de empresas que a utilizam crescerá, priorizando a experiência do usuário.
A forma como as pessoas comprovam a sua identidade está migrando massivamente: do físico para o digital, do offline para o online, e em uma ampla gama de setores, desde o setor bancário até o setor de saúde. Para as empresas, a prova que verifica que a pessoa é quem diz ser é cada vez mais relevante e um fator chave. À medida que os consumidores aumentam suas transações financeiras online, os fraudadores estão se tornando cada vez mais sofisticados. Nos últimos anos, o cibercrime (especialmente a fraude) na América Latina tornou-se um grande alvo que as instituições financeiras precisam conhecer e, portanto, fortalecer seus sistemas de segurança cibernética.
Infelizmente, houve vários grandes crimes cibernéticos nos últimos anos que têm exposto vulnerabilidades de segurança na América Latina. De fato, em 2021 o Brasil ficou em 2º lugar no ranking global das maiores perdas financeiras relacionadas ao cibercrime. Em janeiro do mesmo ano, um hacker publicou os dados pessoais de 10.000 clientes da American Express com sede no México. A publicação incluía números de cartão de crédito, nomes completos e endereços desses clientes. Em setembro de 2020, um ataque cibernético ao banco estatal chileno Banco Estado, forçou o fechamento temporário de mais de 400 de suas agências. Estes são apenas alguns dos exemplos. Além disso, como consequência da pandemia, há uma tendência à desconfiança. A segurança tornou-se imprescindível, pois acredita-se que os cibercriminosos continuarão inovando e aproveitando as novas oportunidades.
Uma identidade digital é uma prova de identidade eletrônica reutilizável emitida por uma autoridade confiável com um nível de segurança conhecido. Uma identidade digital é mais segura e muito mais difícil de falsificar , pois permite que os consumidores compartilhem as informações exatas necessárias sem ter que fornecer informações que comprometam sua segurança. Isso concede aos usuários controle total de sua privacidade. Por exemplo, você pode não querer que um fornecedor tenha acesso ao número da sua carteira de motorista, endereço ou outras informações pessoais, como altura e peso. Além disso, uma identidade digital pode ser armazenada em uma carteira digital e utilizada para diversos casos de uso em diferentes setores. Como é protegido criptograficamente, apenas os dados necessários exigidos pelo fornecedor são divulgados.
É importante esclarecer que a identidade digital é muito mais do que um simples documento de identidade, pois inclui além de uma identidade verificada, dados biométricos que comprovam a identidade, e dados de redes sociais, provedores KYC, extratos bancários e muito mais. Portanto, as empresas estão entrando nesta onda de identidade digital como a melhor forma para evitar crimes de fraude. De acordo com uma pesquisa realizada pela Jumio, 80% dos consumidores em todo o mundo preferem medidas de verificação de identidade digital ao escolher marcas online. Em breve, todos poderão acessar serviços governamentais e de saúde, fazer check-in em hotéis ou viajar facilmente sem a necessidade de apresentar um documento de identidade físico. Uma sólida verificação de identidade é um forte incentivo ao usar serviços online, especialmente em um setor emergente como o México. 92% dos consumidores entrevistados dizem que o México é um país que valoriza a necessidade de identidade digital para gerenciar suas informações pessoais com segurança. No entanto, quando esse processo online se torna muito complicado, 43% dos adultos mexicanos o abandonam.
A pesquisa também revelou que os consumidores mexicanos acreditam que o setor de serviços financeiros é o mais importante para o uso da identidade digital (69%), seguido pelas mídias sociais (52%). Ao mesmo tempo, entre os mexicanos que agendaram mais consultas virtuais de saúde desde o início da pandemia, um 41% acredita que é importante usar a identidade digital para verificar se o usuário é quem diz ser antes de acessar os serviços.
Em um futuro próximo, o usuário poderá usar a mesma identidade digital para qualquer uma das entidades carregadas no ecossistema de identidade reutilizável sem exigir um processo de verificação especifico com diferentes níveis de KYC e AML de vários comerciantes. É por isso que a identidade digital é tão interessante, pois resolve um problema central: o modelo atual é ineficiente e não fornece controle sobre quais dados compartilhar.
Atualmente, a Jumio está construindo seu próprio ecossistema na América Latina e no mundo para fornecer segurança às entidades e oferecer uma experiência positiva ao usuário. À medida que as entidades adicionais se juntam ao ecossistema, a identidade digital se tornará mais difundida e o usuário se sentirá cada vez mais seguro. Por meio de sua plataforma KYX, a Jumio fornece uma API com um único ponto de integração e uma única pontuação de risco que agiliza a validação de identidade para diferentes produtos. Dessa forma, a experiência do usuário será mais agradável, sem atritos ou processos complicados de checkout.
Em vez de tirar fotos de identificação para provar a identidade de uma pessoa, a identidade digital será simplesmente compartilhada. Você verificará quem você é apenas uma vez e poderá reutilizar essa identidade digital sempre que quiser. A eficiência será muito maior, já que a identidade ficará guardada em uma carteira sem a necessidade de tirar foto do RG toda vez que o usuário quiser abrir uma conta online. Além disso, evita o risco de rejeição de uma foto com pouca luz ou de uma câmera de baixa qualidade.
Assim como a tendência indica que as pessoas buscam segurança em seu processo de identificação e as empresas estão a caminho de integrar identidade digital reutilizável em seus produtos, o futuro da identidade digital também está a caminho de integrar tecnologia financeira em seus serviços para mitigar fraudes e fornecer segurança aos usuários. Isso é relevante para identidades digitais, pois todos esses produtos financeiros precisarão da melhor tecnologia possível para autenticar os usuários de maneira segura.
Do ponto de vista dos usuários, as finanças incorporadas trazem um valor agregado, como também facilita a possibilidade de resolver tudo em um lugar só. Simplificando, as finanças incorporadas são a colocação de um produto financeiro em uma experiência, jornada ou plataforma não financeira do cliente. Assim, a partir de uma única plataforma é possível efetuar um pagamento, aceder a um empréstimo, fazer um investimento ou contratar um seguro. Hoje em dia, graças à digitalização do comércio e gestão de negócios, novas oportunidades para incorporar finanças em experiências de clientes não financeiros se expandiram enormemente.
Este conceito é cada vez mais recorrente na América Latina. A Rappi, por exemplo, é uma empresa de entregas que incorporou a Rappi Pay para oferecer meios de pagamento aos seus clientes, integrando e verificando a identidade do usuário na mesma plataforma, sem a necessidade de inserir manualmente os dados do cartão de pagamento. Assim como a Rappi, grandes plataformas como Uber, Didi e Amazon oferecem um serviço completo para atender às necessidades de seus clientes. Por possuir grandes comunidades com amplo conhecimento sobre seus usuários, buscam oferecer financiamento integrado para minimizar atritos nas transações e para que os usuários possam perceber uma experiência homogênea, gerando confiança.
Embora leve algum tempo para instalar a identidade digital em todos os mercados, esta é a tendência. Como Bank ID e Mastercard, existem muitas empresas que usam identidade digital, e espera-se que dentro de cinco anos grandes empresas privadas a incorporem para seus consumidores, pois se tornará um requisito fundamental de qualquer estratégia de gerenciamento de identidade e acesso (IAM). À medida que isso evolui, as empresas não terão escolha a não se integrar. Até 2027, o mercado de identidade digital reutilizável deverá atingir US $266,5 milhões, com um CAGR de 68,9%.
A Jumio, líder em verificação de identidade online, torna a Internet um lugar mais seguro para usuários e empresas, tanto para validar a identidade quanto para prevenir fraudes. Com a ajuda da inteligência artificial, identifica padrões e realiza verificações de segurança, sem adicionar muito atrito à experiência do usuário. Como afirma Samer Atassi, o vice-presidente da Jumio para a América Latina, “assim reduzimos o atrito, melhoramos a experiência do usuário, reduzimos a fraude e construímos um ecossistema muito mais fácil de gerenciar por todos”. A Jumio processou mais de 1 bilhão de transações e está bem posicionada para se tornar líder em identidade digital.
Em um mundo cada vez mais interligado, aquelas entidades que atendem as necessidades dos seus usuários e procuram soluções para facilitar a sua experiência são as que vão poder marcar a diferença e destacar-se das demais. Aqueles que não agirem rapidamente serão deixados para trás por novos negócios e clientes.
As identidades digitais reutilizáveis são o futuro das provas de identidade, oferecendo propostas abrangentes que facilitam a vida das pessoas, especialmente na pós-pandemia, onde as violações de dados passaram a ser mais frequentes. Para isso, é fundamental contar com aliados tecnológicos como a Jumio promovendo a interoperabilidade para garantir que os usuários tenham uma experiência de cliente perfeita e possam usar sua identidade em qualquer lugar, compartilhando as informações que quiserem, quando quiserem.